Diabetes aumenta no país e atinge 8,9% dos brasileiros


16.11.2017

O número de brasileiros diagnosticados com diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016. As mulheres são maioria entre os afetados pelo problema.

O site Coração & Vida faz um alerta para a doença, que pode não apresentar nenhum sintoma e as pessoas acabarem descobrindo a enfermidade em estágio bastante avançado, comprometendo funções do organismo e a qualidade de vida.

Quando não é feito o controle correto, o paciente pode desenvolver problema renal, má circulação do sangue –com danos para os pés e para os membros inferiores–, além de doenças nos olhos, como cataratas, retinopatia e glaucoma.

A diabetes provoca o aumento da concentração de glicose no sangue e pode ser causada por duas situações. No tipo 1, a produção de insulina é insuficiente ou inexistente. No tipo 2, as células são resistentes à insulina.

Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Alexandre Hohl, entre as principais causas da diabetes estão os maus hábitos alimentares, sedentarismo, sobrepeso e obesidade, além de hereditariedade.

“O tratamento é igual para todos, mudança de estilo de vida. Equilibrar o peso, fazer atividade física e mudar a dieta”, explica Hohl.

No caso da alimentação, cuidados básicos fazem toda a diferença. Ficam fora do cardápio fontes de carboidrato e de rápida absorção, como refrigerantes, doces e os à base de farinhas, como pães, bolos e biscoitos. Grãos em geral ficam liberados, assim como pão integral, peixe, carnes magras, vegetais, hortaliças e frutas.

Além de seguir uma dieta adequada e adotar um estilo de vida saudável, é necessário acompanhamento médico. A associação de todos os cuidados pode normalizar a glicemia, afastando o risco de diabetes.

Prevenção constante

O diabetes tipo 2 é mais comum em pessoas acima dos 40 anos de idade e obesas. Daí buscar um estilo de vida mais saudável ser importantíssimo para controlar o quadro.

Cuidados com a dieta podem, por exemplo, proteger melhor o pâncreas e, assim, evitar seu esgotamento precoce quanto à capacidade de produção de insulina.

A prevenção das doenças cardiovasculares nos pacientes com diabetes é, geralmente, feita por meio do controle desses fatores de risco, observando questões como hipertensão, glicemia, tabagismo, obesidade, colesterol e sedentarismo.

Praticar ao menos 30 minutos de atividade física moderada, como uma caminhada, pelo menos cinco vezes por semana, já ajuda na prevenção.

Mas há casos em que é necessário o uso de medicamentos. Segundo estudos apresentados nos Estados Unidos, durante congresso da Associação Americana de Diabetes, o uso de remédios específicos para controlar a glicose no sangue vem mostrando que também pode reduzir em até 15% o risco de ataque cardíaco em pacientes com diabetes do tipo 2.

Os pacientes diabéticos podem, ainda, sofrer um infarto sem perceber imediatamente.

Pacientes que convivem com o diabetes há muitos anos e de maneira mal controlada chegam a apresentar uma “isquemia silenciosa” – sem dor. O controle clínico quando se é diabético é, portanto, decisivo.

Tratamento abrangente

Quando o acompanhamento do paciente diabético acontece com uma equipe multidisciplinar, reunindo especialistas como médicos endocrinologistas, nefrologistas, nutricionistas, educadores físicos e outros, os ganhos são muito maiores para a saúde geral.

Exames mais abrangentes, como cintilografia miocárdica e ecocardiograma, também tornam o atendimento mais completo e eficiente tanto no quadro de diabetes quanto no surgimento das doenças cardíacas associadas.

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