Temperaturas mais baixas aumentam risco de infarto


19.07.2017

A chegada do inverno é acompanhada, para a maioria das pessoas, de gripes e resfriados. No entanto, a queda nos termômetros também pode indicar o aumento do risco de desenvolvimento de doenças mais graves, como o infarto agudo do miocárdio.

Isso é o que aponta recente estudo da Universidade de Manitoba, localizada no Canadá. A diminuição de 10oC na temperatura está associada a um aumento de 7% no número de infartos.

“Além de aumentar a incidência de infartos no inverno, sua intensidade também é maior. Motivo pelo qual idosos, hipertensos e cardiopatas devem ficar mais atentos”, afirma o cardiologista Roberto Kalil Filho, diretor do Instituto do Coração (InCor) e do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O estudo canadense analisou durante seis anos a temperatura no dia que os pacientes enfartaram na cidade de Winnipeg. Quando os termômetros ficavam abaixo de 0oC, a taxa de ataque cardíaco era de 0,94 por dia e quando ficavam acima de 0oC, a taxa era de 0,78.

Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), durante o inverno, o índice de infartos cresce em 30%, principalmente quando a temperatura está abaixo dos 14oC.Isso ocorre porque, no frio, os receptores nervosos localizados na pele, ao sentirem a temperatura baixar, estimulam a liberação de substâncias que contraem os vasos sanguíneos, com o objetivo de manter a temperatura corporal em 36oC. Esse estreitamento dos vasos sanguíneos obriga o coração a fazer mais força para bombear o sangue pelo corpo.

“No inverno, as pessoas também tendem a beber menos água. Isso faz com que o sangue fique mais viscoso, dificultando ainda mais a passagem pelos vasos mais estreitos. Por isso, manter-se hidratado também é uma medida importante”, orienta Kalil.

Além disso, a pressão sanguínea sobre os vasos mais estreitos aumenta, propiciando o desprendimento de placas de gordura que, eventualmente, possam estar dentro das artérias e que poderiam levar a um bloqueio do fluxo do sangue para o coração e para o cérebro.

“A melhor forma de evitar infartos nessa época é a prevenção. Pessoas que fazem parte de grupos de risco para infarto, como diabéticos, hipertensos e obesos, devem se cuidar mais, com uma alimentação mais saudável, prática de exercícios e acompanhamento médico”, alerta Kalil.

Por isso, é importante deixar a preguiça característica dessa época do ano de lado, se movimentar e também se manter aquecido com roupas adequadas, evitando mudanças bruscas de temperatura.

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