Perfil dos enfermeiros: pesquisa começa em fevereiro

O contingente de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem no País é de 1,5 milhão

07.02.2012

Em fevereiro de 2012, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), em parceria com a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), a Associação Brasileira de Enfermagem (Aben) e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), dará inicio à pesquisa que irá caracterizar o perfil de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem em todo o País.

A expectativa é de que 60 mil profissionais respondam o questionário que resultará na pesquisa “Perfil da Enfermagem no Brasil”, coordenada pela pesquisadora da ENSP, Maria Helena Machado. O material estará disponível para download na página eletrônica das instituições que compõem a pesquisa e também será enviado aos participantes pelos Correios.

A pesquisa nacional foi lançada em setembro de 2011 pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde, e busca conhecer a realidade dos profissionais que atuam nesse campo da saúde, além de se transformar em uma importante ferramenta de gestão da saúde.

Segundo a coordenadora do projeto, a ideia de traçar um perfil da enfermagem no Brasil foi recebida de forma positiva pelos profissionais da classe. Ela afirma que o contingente de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem no Brasil chega a um milhão e meio de trabalhadores e que eles veem a pesquisa como uma possibilidade de melhorar suas condições de vida e trabalho.

“O contingente de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem no País é de 1,5 milhão, e nossa amostra deve ter 60 mil questionários, distribuídos em todas as unidades da federação. Ele deve ficar ‘na rua’ durante três ou quatro meses, e montamos um sistema que nos permitirá ter um coordenador em cada estado do País, que estará conectado conosco e nos permitirá ter um monitoramento do seu andamento em todo o território brasileiro”.

‘2012: o ano da enfermagem no Brasil’

Sobre o questionário em si, Maria Helena destaca que irá contemplar aspectos como a faixa etária dos enfermeiros, a qualidade da sua formação, cor, situação econômica e alguns fatores em transição na profissão. “A enfermagem é uma profissão majoritariamente feminina, mas isso vem mudando nos últimos anos com a masculinização da profissão, e o questionário nos dará essa avaliação. Outro aspecto discutido é em relação à família desses profissionais: por exemplo, enfermeiros reproduzem enfermeiros? Sabemos que isso ocorre na medicina, mas também funciona na enfermagem?”, questionou.

O mundo do trabalho também será investigado, segundo Maria Helena. “Considero esse um ponto extremamente importante e desconhecido dos gestores e pesquisadores. Onde trabalham esses profissionais? No setor público? No privado? Qual é seu salário? O quanto desejam receber? Quantos empregos têm? Qual sua jornada de trabalho?”, questionou a pesquisadora que, logo em seguida, completou. “Também iremos verificar a relação com os outros profissionais de saúde e os hábitos saudáveis de cada um”.

Em relação à adesão ao questionário, a pesquisadora da ENSP disse desejar que 2012 seja o ano da enfermagem no Brasil. “Desejo a todos muita garra para responder ao questionário, pois, com ele, espero que a gente pague uma dívida histórica com a categoria: saber quem são, o que experimentam no SUS, o que sofrem, seus desejos. Enfim, espero que 2012 seja o ano da enfermagem no Brasil”.

 

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