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Enfermagem Solidária oferece escuta qualificada aos profissionais

Criado durante a pandemia de covid-19, o programa Enfermagem Solidária está disponível na plataforma CofenPlay, de 9h às 22h, com apoio de especialistas voluntários

26.03.2025

Os Conselhos de Enfermagem também são um espaço escuta para os profissionais em sofrimento psíquico. Criado durante a pandemia de covid-19, o Programa de Enfermagem Solidária realiza acolhimento em Saúde Mental, por meio da multiplataforma CofenPlay.

“Nosso objetivo é acolher sem julgar, oferecendo um espaço seguro de escuta, com o apoio de enfermeiros especialistas em Saúde Mental de todo o Brasil”, explica o conselheiro federal Josias Ribeiro, coordenador do Grupo de Trabalho do Enfermagem Solidária. O GT é composto, ainda, pelos enfermeiros Ana Paula Ochoa, Ethelanny Almeida, Lucielena Soares, Maria do Socorro Mota e Vanderlan Dantas.

Os interessados em receber acolhimento devem acessar a plataforma, de forma gratuita. Especialistas voluntários que compõem a equipe de atendimento estão disponíveis todos os dias, das 8h às 20h. Os atendimentos são confidenciais.

Trabalho cura, mas também adoece

Na linha frente do atendimento, os profissionais de Enfermagem estão submetidos à intensa pressão psíquica, pelo contato com o sofrimento dos pacientes e familiares, longas jornadas, subdimensionamento profissional e até pela frustração da população atendida, que tende a ser direcionada aos profissionais mais presentes.

O total de óbitos por lesões autoprovocadas dobrou nos últimos 20 anos, segundo levantamento do DataSUS. A situação atinge, em especial, os profissionais de Enfermagem. “Precisamos refletir sobre o que está levando as pessoas a esse final. O sofrimento vem da carga de trabalho? Vem. Mas vem da mudança do mundo, da velocidade. Falta nos conhecermos um pouco, voltarmo-nos a nós mesmos, para que possamos ser existencialmente e não apenas correr, correr, correr, para ter, ter, ter”, avalia a enfermeira Ana Paula Ochoa, voluntária do Enfermagem Solidária.

Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade, com custo à economia global de quase um trilhão de dólares. Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT/ONU) destaca que o trabalho é um potencial fator de promoção da Saúde Mental, por proporcionar estrutura temporal, contato social, senso de esforço e propósito coletivos, identidade social e atividade regular, fundamental na organização da rotina. Mas pode contribuir também para o adoecimento psíquico, com condições como “sobrecarga de trabalho, falta de instruções claras, prazos irrealistas, não-participação nas tomadas de decisão, insegurança no emprego, condições de trabalho em isolamento, vigilância e arranjos inadequados de cuidado com filhos pequenos”.

OMS reconhece o suicídio como uma prioridade de saúde pública

O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte no mundo, com quase 700 mil vidas perdidas a cada ano, segundo dados da OPAS/OMS. Entre jovens de 15 a 29 anos, é a quarta maior causa de morte.

São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil. A maior prevalência de casos notificados de lesão autoprovocada, assim como de tentativas de suicídio, se encontram na faixa etária entre os 20 e 49 anos.

“A conscientização é essencial para reduzir os índices de suicídio no país. Acolher sem criticar, conversar sem julgar, compreender os sentimentos daqueles que passam por momentos de tristeza, ansiedade, medo ou sensação de solidão são gestos de empatia que devem ser incorporados no dia a dia de todos”, afirma a enfermeira Dorisdaia Humerez, doutora em Saúde Mental e idealizadora do programa Enfermagem Solidária.

Fonte: Ascom/Cofen

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