Câncer de mama: desafios na prevenção

Combate à obesidade e a adoção de hábitos saudáveis podem diminuir em até 30% o risco

28.10.2019

Os especialistas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estão preocupados com o excesso de peso corporal e o sedentarismo, fatores de risco não só para câncer de mama, como também para vários outros tipos de câncer e outras doenças.

Cerca de 30% dos casos do câncer de mama podem ser evitados por meio de mudanças comportamentais. Manter o peso corporal, por meio de uma alimentação rica em alimentos de origem vegetal, ser fisicamente ativo e evitar bebidas alcoólicas estão associadas a um menor risco de desenvolver a doença.

O assunto é sério. O câncer de mama é o segundo tipo que mais acomete mulheres no Brasil. Só para ter uma ideia da alta incidência da doença, este ano estão previstos 59.700 novos casos de câncer de mama no Brasil, de acordo com o INCA. Em todo o mundo, 2,1 milhões de casos novos foram estimados em 2018, isso representa 25% de todos os tipos de cânceres diagnosticados no sexo feminino.

Segundo a pesquisa Vigitel 2018, realizada nas capitais brasileiras e no DF, 53,9% das mulheres estão com excesso de peso e 20,7% estão obesas, proporções que cresceram muito neste século. A mudança de comportamento com a adoção de hábitos saudáveis é imprescindível para se evitar a doença. Como a obesidade vem disparando, a recomendação do Governo do Brasil é que todos se exercitem regularmente durante uma média de 3 a 4 horas por semana e adotem uma dieta saudável, de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira.

Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença, como: envelhecimento (quanto mais idade, maior o risco de ter a doença), fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, idade em que entrou na menopausa), histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, pouca ou nenhuma atividade física e exposição à radiação ionizante, em muitos casos causada por exames desnecessários, como raio-x. Entre os fatores que aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama, alguns podem ser evitados e outros não. O envelhecimento, o histórico familiar da doença e as mutações genéticas herdadas são fatores que não podem ser evitados.

FIQUE ATENTO AOS SINAIS

Os principais sinais e sintomas da doença são: caroço, geralmente endurecido e fixo. Ele pode doer, ou não. A pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito e a saída espontânea de líquido de um dos mamilos também são sintomas da doença. Além disso, podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços, nas axilas.

Quando o câncer de mama é diagnosticado ainda em fase inicial, as chances de cura, sem dúvida, são maiores. A professora Kellen Souza descobriu a doença com apenas 27 anos. “Jamais passou pela minha cabeça que eu pudesse ter câncer. Achei que fosse uma realidade muito distante, uma probabilidade mínima”, disse. O mero ato de esbarrar na mama, ao abrir o armário, causou estranheza à professora.

“Quando senti um caroço duro, estranhei. Fui até o espelho e vi que um dos meus seios estava bem maior. Não dei muita bola, pensei que era algo relacionado com a minha menstruação e que em dois ou três dias voltaria tudo ao normal. Não foi bem assim…”, relata. “O caroço aumentou e ficou dolorido. Ainda assim, não passava pela minha cabeça que pudesse ser câncer. Eu me sentia bem, sou nova… Por que seria câncer?”.

Fonte: Ministério da Saúde

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