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Outubro Rosa: O papel da enfermagem na prevenção do câncer de mama

No Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama convidamos duas enfermeiras para dialogar sobre o papel da enfermagem no combate à doença.

27.10.2021

Nesta quarta-feira (27) lembramos da luta contra o Câncer de Mama, reforçando a importância do diagnóstico precoce e da força de inúmeras mulheres. Considerado o segundo tipo de câncer que mais acomete mulheres no mundo, a pauta é apoiada pelos protagonistas na promoção da saúde da mulher: os profissionais de enfermagem. Este protagonismo é defendido pelas enfermeiras Lorena Mello de Freitas e Silvana Faustino Santana, ambas gestoras de dois espaços dedicados à saúde da mulher em Mato Grosso. 

O cenário em 2021 aponta para um momento crítico. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) a estimativa é de 66 mil novos casos até o final do ano. A redução no número de mamografias feitas em 2020 também preocupa, já que em Mato Grosso foram realizadas apenas 8.274 mamografias de rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apresentando uma baixa de mais de 10 mil exames quando comparado com 2019. 

Lorena de Freitas durante uma de suas palestras sobre o Câncer de Mama | Foto: Arquivo Pessoal

Apesar das dificuldades e previsões desfavoráveis, Lorena e Silvana seguem mobilizando esforços para que esta realidade se transforme. Atuando há cinco anos como Gerente do Programa de Saúde da Mulher e administradora do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) de Rondonópolis (219 km de Cuiabá), Lorena promoveu durante o mês uma série de palestras e atividades sobre o câncer de mama. 

Para a enfermeira, a realização de exames é um ponto importante, mas outras ações também devem ser realizadas. “É muito importante que a gente disponibilize exames, mas também faça com que esse assunto seja discutido, principalmente sobre as formas de prevenção”, afirmou. 

Já para Silvana, enfermeira gestora do Centro de Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer de Mama, mobilizado pela Associação dos Pacientes Oncológicos de Rondonópolis (Apor), é necessário expandir a discussão. “Existe ainda um certo tabu sobre o tema, mas sempre reforço que prevenir é um ato de amor com você, seu corpo e todos que te amam. É preciso falar sobre isso”, comenta. 

Presente na Associação desde a criação do Centro de Prevenção, feito em 2015, a enfermeira acredita que para além da realização dos exames, é necessário cobrar que os municípios ofereçam este suporte. “Alguns municípios ficam com suas demandas represadas, então precisamos também cobrar que os exames sejam feitos durante todo o ano. Cheguei a atender pacientes que estavam desde 2017 sem conseguir fazer a mamografia, isso não pode acontecer”, afirmou Silvana. 

Protagonistas no combate 

Silvana Santana durante ação de orientação da Apor. | Foto: Apor

De acordo com Lorena, é imprescindível observar a profissional de enfermagem como parte fundamental para a promoção da saúde da mulher e do combate ao câncer de mama. “O enfermeiro é protagonista na promoção da saúde da mulher, já que é ele quem acolhe, avalia, realiza o exame clínico e orienta essas mulheres sobre os cuidados relacionados ao câncer. Acredito que a Enfermagem é a peça principal nessa questão”, afirmou Lorena.

Ainda neste contexto, o cuidado com a saúde de quem cuida é um ponto de fragilidade, já que muitas profissionais da enfermagem fazem parte de um grupo de risco delimitado pelo Inca. Segundo o infográfico “Câncer de mama relacionado ao trabalho”, publicado em setembro deste ano, mulheres que trabalham no período noturno e possuem algum tipo de exposição ao raio X ou Gama correm mais risco de desenvolver a doença. 

Diante dos dados divulgados, a enfermeira Silvana acrescenta o estresse e o cansaço vivido nos postos de trabalho como um fator de forte impacto na saúde das profissionais. “Além do trabalho exaustivo, muitas precisam trabalhar em dois ou três empregos. Observo que existe muita ligação entre o trabalho e o risco de desenvolver a doença”, disse. 

Durante sua trajetória, a enfermeira Lorena também observou uma crescente nos casos de câncer envolvendo profissionais da enfermagem. “Tenho tido muitas experiências nesses quase cinco anos com colegas enfermeiras com câncer de mama. É muito importante que essas profissionais se cuidem, se olhem no espelho e verifiquem se existe alguma alteração na região das mamas. É uma preocupação minha não só como gestora, mas também sendo enfermeira”, disse. 

Questionadas sobre qual a principal mensagem que devemos deixar durante o Outubro Rosa, ambas apontaram para o mesmo caminho: a prevenção como a primeira escolha e o acolhimento sendo sempre o melhor remédio. Para saber mais sobre os meios de diagnóstico precoce, clique aqui

 

Fonte: Ascom Coren-MT

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