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MT é o 3º no ranking de mortes de profissionais da enfermagem

Um dos principais problemas são as condições precárias de trabalho dos profissionais

31.08.2020

Em Mato Grosso, 29 profissionais de enfermagem já morreram vítimas da Covid-19, desde o início da pandemia em março passado. O Estado ocupa o terceiro lugar no ranking nacional de óbitos do país, empatado com Pernambuco.

Até a última sexta-feira (28), o Observatório da Enfermagem contabilizava 884 casos de contaminação pelo novo coronavírus de trabalhadores da Saúde, como enfermeiros, técnicos e auxiliar de enfermagem.

Uma das vítimas mais recente é a técnica de enfermagem Solenir Cristiany Silva, de 45 anos, que trabalhava na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital São Luiz, em Cáceres (235 km a Oeste de Cuiabá). Ela morreu no último dia 18, por complicações causadas pela doença.

No país, o estado com maior número de óbitos em decorrência da Covid-19 é São Paulo (65), seguido do Rio de Janeiro (45).

Contudo, mesmo diante do aumento dos casos da doença na categoria e do reconhecimento de sua vulnerabilidade, fiscalizações do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) continuam a encontrar situações de risco à saúde dos trabalhadores da saúde e da população.

“As irregularidades se repetem desde o início da pandemia, quando o trabalho de inspeção do órgão passou a ser direcionado às demandas de enfrentamento ao novo coronavírus”, informou.

Dados do Conselho Regional apontam que, desde março, foram vistoriadas mais de 100 unidades de saúde e 225 denúncias foram averiguadas pelo Coren-MT, com um total de 67 notificações extrajudiciais emitidas.

Ao todo, 166 fiscalizações in loco foram realizadas e nove ações civis públicas foram ajuizadas, das quais três em parceria com o Ministério Público do Estado (MP-MT).

Há uma semana, por exemplo, vistoria realizada no Hospital Vale do Guaporé, em Pontes e Lacerda (450 km a Oeste da Capital), encontrou no box de emergência e no centro cirúrgico, medicamentos vencidos e almotolias, como recipientes plásticos para armazenamento de material de assepsia e sem identificação de solução e data de envase.

Segundo dados do painel interativo da Secretaria de Estado de Saúde (Ses), o município contabiliza mais de 1,2 mil infectados e 48 óbitos.

No local, foram encontradas ainda máscaras sem o elemento filtrante, em discordância com normativas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), as quais haviam sido recebidas como doação.

Os fiscais orientaram ainda a direção a disponibilizar este material apenas para funcionários de setores administrativos e pacientes e não aos profissionais de saúde, informou o Coren-MT por meio da assessoria de imprensa.

Foi constatada sobrecarga de trabalho, consequência do subdimensionamento de pessoal.

Diante do quadro, o Conselho Regional cobra a aplicação da proporcionalidade prevista no parecer normativo 002/2020, do Conselho Federal de Enfermagem.

“O hospital terá 30 dias para encaminhar ao conselho o cálculo de dimensionamento de pessoal de enfermagem, segundo a legislação vigente no Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, a escala de trabalho, o censo do setor de internação e unidade de terapia intensiva (UTI) referente aos últimos 30 dias e as providências tomadas quantos às irregularidades apontadas na vistoria”, destacou.

No geral, Mato Grosso já contabiliza 90.651 infectados e 2.756 mortes em decorrência do novo coronavírus, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, no fim da tarde de sábado (29).

Fonte: Diário de Cuiabá

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