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Logística é um dos desafios da vacinação contra a Covid-19 em MT

Além da aquisição do imunizante, é necessária uma logística adequada para armazenar, distribuir e aplicar

14.12.2020

Cerca de nove meses do início da pandemia da Covid-19 em Mato Grosso, aumentam as expectativas quanto a chegada de uma vacina eficaz contra o coronavírus, que causa a doença.

O Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá já iniciaram as tratativas para aquisição das primeiras doses.

Contudo, além da aquisição ou compra do imunizante, é necessária uma logística adequada para armazenar, distribuir e aplicar os antígenos.

Para isso, é necessário um levantamento das câmaras frias ou geladeiras existentes nas unidades de saúde localizadas no Estado, a fim de determinar quais têm as condições sanitárias adequadas que permitam acondicionar produtos imunobiológicos.

“A vacina que está sendo prevista (pelo Governo Federal) é da Pfizer, que precisa ficar a -75ºC. O que a gente tem hoje, na nossa cadeia de frios, são vacinas que ficam entre 2ºC e 8ºC. Essa é a nossa realidade e as nossas câmeras frias, no geral, chegam a no máximo -20ºC. Então, elas não atenderiam a realizada da vacina da Pfizer, por exemplo. Mas, nem todas as vacinas que estão sendo estudadas precisam ser mantidas nessa temperatura”, informou Viviane Camargo Santos, coordenadora da Câmara Técnica de Atenção à Saúde e integrante do Comitê Gestor de Crise do Conselho Federal de Enfermagem (Confen) para Covid-19.

Vivian Santos reforçou que ainda não dá para afirmar ou não se o país, consequentemente, o Estado está preparado em termos de logística ou armazenamento dos antígenos, uma vez que nem o imunizante que será disponibilizado à população foi decidido.

“O Brasil tem o Plano Nacional de Imunização (PNI) que é referência mundial e temos uma capacidade instalada que é muito boa, mas antes de decidir qual é a vacina fica difícil falar se vamos ou não atender a necessidade porque dependendo da vacina muda o número de doses, o tipo de seringa e de agulha. Tudo isso interfere”, disse.

Porém, ela alertou que, se essa definição em relação ao tipo ou tipos de imunizantes não for tomada logo, há o risco de faltarem insumos, como seringas e algodão, até por conta da grande procura.

No caso do Estado, uma preocupação extra é em relação à logística ,devido a sua extensão territorial.

“Quando a gente fala de Mato Grosso, há locais que a gente demora até 24 horas para chegar em caso de fiscalização. Como São José do Xingu, a região de Apiacás e Cotriguaçu. Embora tenha acesso via área, gente tem muita dificuldade de chegar nesses locais”, comentou Patrícia Vilela, do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MT).

Na sexta-feira (11), o governador Mauro Mendes visitou o Instituto Butantan, em São Paulo.

De acordo com a Secretaria de Comunicação do Estado, Mendes acompanhou a situação da vacina Coronavac, produzida pelo instituto em parceria com a empresa Sinovac.

A garantia é de que o Governo irá buscar todas as alternativas para garantir o quanto antes uma vacina segura ao povo mato-grossense, devidamente aprovada pelos órgãos sanitários.

Anteriormente, o Estado já havia informado que tem recursos da ordem de R$ 3,5 milhões para garantir a imunização da população mato-grossense.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, também informou que iniciou as tratativas para viabilizar a vacinação para a população da capital.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá informou a questão do armazenamento da vacina da Pfizer, que, possivelmente, será adquirida pelo governo Federal, deverá ficar a cargo do Estado, que é responsável por receber as vacinas diretamente do Ministério da Saúde.

“A gerência de imunização da Vigilância Epidemiológica está aguardando uma reunião com a Secretaria Estadual de Saúde para definirem como será feita a condução em relação ao armazenamento e distribuição das vacinas”, destacou.

A SMS afirmou ainda que “está fazendo o projeto de readequação da rede frio municipal para receber as vacinas que vão chegar”.

Desde a última quinta-feira (10), a reportagem do DIÁRIO procurou a Secretaria de Estado de Saúde para tratar sobre o assunto, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve uma posição do órgão estadual.

Fonte: Diário de Cuiabá

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