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Live
“Trabalho precário” acontece hoje

No Facebook do Coren-MT

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28.09.2020

Acontece hoje (28), às 19h30, a live “Trabalho precário e suas consequências para a enfermagem no contexto da pandemia: a representatividade política da categoria”, com a participação do presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MT), Antônio César Ribeiro.

Como convidadas estão a Dra. Wildce da Graça Araújo Costa, enfermeira, Mestre e Doutora em Saúde Pública. Professora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso, ela também é advogada, ex-presidente da Comissão de Direito Sanitário da OAB-MT e da OAB Nacional, e presidiu o Coren-MT entre os anos de 1987 e 1988.

Também participa a Dra. Rosa Lúcia Rocha, enfermeira, professora aposentada da Faculdade de Enfermagem da UFMT, Doutora em Enfermagem em Saúde Pública, líder do grupo de pesquisa “Enfermagem, Saúde e Cidadania” e militante nos movimentos sociais “Consulta Popular” e “Associação de Amigas/os do Centro de Formação e Pesquisa Olga Benário Prestes”, do MST-MT.

Antônio César Ribeiro é enfermeiro, especialista em Recursos Humanos na Área da Saúde; Mestre em Saúde e Ambiente e Doutor em Ciências. Professor da Faculdade de Enfermagem da UFMT e enfermeiro do CIAPS III AD – Hospital Adauto Botelho.

O objetivo é discutir a ideia de trabalho precário tentando “desnaturalizar” esse conceito, isto é, mostrar como ele foi construído. E também falar sobre o seu contraponto, o trabalho decente. “Vamos discutir um pouco da conjuntura, do por que estamos nesta situação e tratar da interseccionalidade classe/raça/gênero, como isso serve ao capital, a este modelo de exploração do trabalho”, explica Rosa Ribeiro.

A live vai discutir também a exclusão econômica e racial no acesso aos serviços de saúde e à qualidade de vida, que se tornou mais evidente na pandemia. “Quando vemos quem está morrendo por Covid-19, percebemos que não se trata somente de condições de trabalho, mas da própria condição de vida. Essa morte tem cor: é negra, técnica ou auxiliar de enfermagem, pobre, mulher”, observa a enfermeira Wildce.

A falta de representatividade política da enfermagem nos espaços de poder será um dos temas tratados, assim como as alternativas de participação política existentes.

Segundo Ribeiro, esta falta de representatividade dificulta também a própria regulação da profissão, já que interfere na garantia do cumprimento das normas legais.

“Nós temos a fiscalização e as ações civis públicas onde acionamos o poder pública contra o executivo ou contra a administração privada para garantir minimamente o cumprimento de nossas normas legais”, disse ele, avaliando que, no que diz respeito ao trabalho precário, o grande aliado da administração pode ser o legislativo.