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Coren-MT aponta irregularidades no Pronto-Socorro de VG em primeira fiscalização de 2024

A equipe de fiscalização visitou diferentes espaços e encontrou irregularidades estruturais, além da sobrecarga de trabalho.

11.01.2024

Com olhar atento às possíveis irregularidades, o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso realizou, nesta terça-feira (9), a primeira fiscalização de 2024, no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande. A visita buscou atender uma demanda dos profissionais da Enfermagem frente aos problemas relatados via Ouvidoria. Além da equipe de fiscalização, a ação contou ainda com a participação da presidente do Conselho, enfermeira Bruna Santiago, e do conselheiro secretário, João Pedro Neto.

Durante a condução da visita feita pela coordenadora de Fiscalização, Patrícia Costa, e a fiscal Flávia Godoy, foram encontradas diversas irregularidades do ponto de vista estrutural que afetam diretamente a qualidade do serviço de enfermagem oferecido na instituição. Entre as irregularidades estão o subdimensionamento de profissionais nas unidades, sobrecarga de trabalho e enfermarias com leitos superiores à capacidade instalada.

Com o subdimensionamento, constatou-se a exaustão dos profissionais da enfermagem que atuam na unidade, já que alguns deles precisam assumir os cuidados de até quatro pacientes em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Essa realidade vai na contramão não só da Portaria N° 3432 e da Resolução N° 7, ambas do Ministério da Saúde, como também da Resolução Cofen n° 543/2017 que atualiza e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais nos serviços/locais em que são realizadas atividades de enfermagem.

Também foi possível identificar problemas estruturais e de distribuição física dos leitos que dificultam a movimentação dos profissionais de enfermagem, que precisam desviar das estruturas colocadas de forma inadequadas. Também foi constatado o bloqueio de leitos de UTI diante da falta de profissionais para prestar assistência de enfermagem.

Em diálogo com profissionais plantonistas, a equipe identificou que há falta de pagamento dos plantões extras feitos por profissionais da enfermagem, que chegam a até três meses sem receber o valor de direito. Com isso, a própria necessidade constante de “plantões extras” demonstra que o Hospital não mantém o quantitativo necessário no seu quadro de pessoal, tendo que utilizar dessa ferramenta para suprir o subdimensionamento.

A situação, segundo a presidente Bruna Santiago, é crítica e requer uma atenção redobrada não só do Conselho, como também das instituições gestoras das unidades hospitalares. Para a presidente, é necessário um trabalho conjunto para garantir também a valorização dos profissionais.

“Precisamos reestruturar as condições disponibilizadas para os profissionais de enfermagem. A enfermagem está sempre presente e a sua presença precisa ser respeitada com o fornecimento/existência de condições mínimas de trabalho. E isso envolve: pagamento adequado de salário, extras e outros, repouso digno e quantidade de profissional adequada considerando o número de pacientes e sua complexidade.”, disse a presidente Bruna.

Segundo a coordenadora Patrícia, a ação de fiscalização é uma das atividades finalísticas do Conselho e colaboram para a prática segura da enfermagem. Ainda de acordo com a fiscal, as ações serão fortalecidas durante todo o ano de 2024 para garantir mais qualidade na prática do cuidado, como também segurança para todos os pacientes.

“A fiscalização é uma das ações importantes que o Conselho executa dentro das suas funções. Nossa passagem pelo Pronto-Socorro foi a primeira parada dentre uma série de visitas que vamos fazer em 2024, com o objetivo de proporcionar uma prática segura da enfermagem, eliminando riscos tanto para os profissionais, quanto para os pacientes”, disse a coordenadora Patrícia.

Toda a visita foi acompanhada pela Responsável Técnica e também pelo Coordenador Hospitalar da unidade. Ambos foram orientados sobre as medidas que precisam ser tomadas em caráter emergencial, levando em consideração também outras visitas já realizadas na mesma unidade.

Segundo a presidente Bruna, o Conselho seguirá atuando para possibilitar um espaço de trabalho adequado, mesmo diante dos desafios da saúde pública.

“É preciso entender que quando possibilitamos um espaço de trabalho adequado, todo mundo ganha. Seja o profissional que passa a ter respaldo e condições seguras para executar suas ações, como também o paciente que recebe um tratamento mais adequado”, concluiu a presidente Bruna.

Fonte: Ascom Coren-MT

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