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Dengue, chikungunya e zika: bairros e distrito da Guia em risco

Bairros de Cuiabá estão com situação de risco

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05.10.2018

O período chuvoso começou e o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) mostra que alguns bairros de Cuiabá estão com situação de risco para epidemia de dengue, chikungunya e zika. A pesquisa foi realizada pela Prefeitura e coloca na berlinda o Coophema, Santa Isabel, São Benedito, Três Barras, 1º de Março, Dom Aquino e o distrito de Nossa Senhora da Guia. Todos têm índices acima de 5,8%. O considerado aceitável pelo Ministério da Saúde é 1%.

Coordenadora de Vigilância em Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Alessandra Carvalho explica que a média do município é 3,9% (estado de alerta). Segundo a técnica, as ações para prevenção e conscientização já foram iniciadas e os locais que não tiverem redução terão atividades intensificadas.

Nova doença

Além das doenças conhecidas, a secretaria se prepara para atender casos da febre oropouche. Alessandra diz que ela também é transmitida pelo Aedes aegypti. Não há registro do vírus em Mato Grosso mas, ano passado, houve notificações no Pará. Carvalho explica que além dos sintomas comuns a todas as viroses, o oropouche causa uma forte encefalite (inflamação e inchaço do cérebro), que pode causar sequelas como danos cerebrais permanentes.

Por este motivo, a coordenadora pede às pessoas que procurem uma unidade de saúde assim que apresentarem qualquer sintoma. Assim é possível identificar a doença e iniciar o tratamento.

Atualmente, 275 agentes atuam na região metropolitana de Cuiabá e fazem uma visita a cada dois meses aos imóveis. Neste trabalho, são levados aos moradores informações sobre as doenças, prevenção e realizado o mapeamento das possíveis infestações.

Conforme Alessandra Carvalho, existe um trabalho conjunto com a Secretaria Municipal de Ordem Pública e Serviços Urbanos. A primeira contribui com a notificação de casas e imóveis resistentes às orientações. E a segunda faz a limpeza dos bolsões de lixo que são identificados em relatórios pelos agentes.

Com relação às casas fechadas, a coordenadora assegura que as imobiliárias são acionadas via ofício e mandam alguém abrir o imóvel com horário marcado para a eliminação dos criadouros e ainda aplicação de produto em pontos onde não é possível o despejo da água.

Ela esclarece que nem todas as piscinas que estão verdes, estão contaminadas. “Na maior parte dos casos, é colocada pedra de cloro para tratar a água, porém como não é aspirado o fundo, o lodo se prolifera, dando o aspecto desagradável”.

Segurança

A Secretaria Municipal de Saúde alerta os moradores de Cuiabá que os agentes de saúde sempre estão uniformizados, carregam uma bolsa azul e usam crachá. A coordenadora de Vigilância em Zoonoses, Alessandra Carvalho pede para as pessoas que suspeitarem da idoneidade do profissional, que liguem para o número 3617-1680 para confirmar a identificação antes de permitir a entrada.

Nos anos anteriores, houve casos de pessoas que se aproveitaram das campanhas para se apresentarem com agentes e fazerem coisas ilícitas.

A Secretaria Municipal também alerta os moradores da capital que os agentes atuam apenas nas áreas externas das casas e não estão autorizados a pedir documentos pessoais.

“Costumamos manter os profissional sempre na mesma comunidade, mas caso haja mudança, o cidadão tem o direito de confirmar a identificação e até mesmo chamar a polícia, dependendo da situação”, reforça a coordenadora de Vigilância.

Como se prevenir

A melhor forma de prevenir a contaminação por dengue,chikungunya e zika, ou até mesmo o oropouche, é evitar o acúmulo de água em qualquer que seja o recipiente.

Alessandra Carvalho explica que o mosquito Aedes Aegypti é “democrático” e pode se desenvolver em um tambor, usado para armazenar água, ou em uma cascata desativada. Tanto em água limpa, como em água suja.

Também vale colocar areia nos vasos de plantas e fechar bem os recipientes usados para armazenar água.

O morador deve ainda se preocupar com os locais de descarte de lixo, bem como denunciar os pontos de descarte ilegais. Os terrenos baldios também são perigosos. Mas os principais focos estão nos quintais das residências.

Fonte: Gazeta Digital