Descoberta sobre o sistema imune pode combater todos os tipos de câncer

Descoberta sobre o nosso sistema imunológico pode se tornar uma arma

21.01.2020

Uma recente descoberta sobre o nosso sistema imunológico pode se tornar uma arma para tratar todos os tipos de câncer. Uma equipe de cientistas da Universidade de Cardiff, no País de Gales, desenvolveu um método em laboratório que destrói o câncer de próstata, mama, pulmão e outros tipos.

Os achados, divulgados na publicação científica Nature Immunology, ainda não foram testados em pacientes, mas têm um “enorme potencial”, afirmam os pesquisadores. Para especialistas que não participaram da pesquisa, ainda que o trabalho esteja num estágio inicial, ele é bastante promissor.

O que eles descobriram?

Nosso sistema imunológico é a defesa natural do corpo contra infecções, mas ele também ataca células cancerosas. A equipe da Universidade de Cardiff estava em busca de maneiras novas e “não convencionais” de fazer com que o sistema imunológico atacasse naturalmente tumores.

Eles encontraram uma célula-T (ou linfócito T) com um novo tipo de “receptor” que identifica e ataca células cancerosas, ignorando as saudáveis. A diferença nesta célula imunológica é que ela pode escanear o corpo em busca de ameaças que devem ser eliminadas e atacar uma ampla variedade de cânceres. “Há uma possibilidade de que ele possa tratar todos os pacientes”, afirmou o professor Andrew Sewell à BBC. “Antes ninguém acreditava que isso fosse possível.”

Como ela funciona?

As células T têm “receptores” na superfície que permitem a elas “enxergar” em um nível químico. Os pesquisadores da Universidade de Cardiff descobriram que a célula T e seu receptor podem encontrar e destruir uma gama de células cancerosas no pulmão, na pele, no sangue, no cólon, na mama, nos ossos, na próstata, no ovário, no rim e na coluna cervical. E fazem isso deixando intocados os tecidos “normais”. O modo exato como que isso acontece ainda está sendo pesquisado.

Esse receptor da célula T em particular interage com uma molécula chamada MR1, presente na superfície de todas as células do corpo humano. Acredita-se que a MR1 seja a responsável por sinalizar ao sistema imunológico o metabolismo disfuncional em curso dentro de uma célula cancerosa. “Somos os primeiros a descrever a célula T que encontra o MR1 nas células cancerosas — isso não tinha sido feito antes, foi a primeira vez”, disse à BBC o pesquisador Garry Dolton.

Por que essa descoberta é relevante?

Terapias com células T já existem e o desenvolvimento de imunoterapias contra o câncer tem sido um dos avanços mais empolgantes nesse campo. O mais famoso exemplo é o chamado CAR-T, uma droga viva produzida por meio de engenharia genética em células T para procurarem e destruírem o câncer.

O CAR-T pode trazer resultados incríveis que levam alguns pacientes do estágio de doença terminal para a completa remissão. Essa abordagem é, no entanto, extremamente específica e funciona com apenas um número limitado de cânceres onde há um alvo claro para treinar a “mira” das células T.

Fonte: Portal Enfermagem

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