Janeiro Roxo: enfermagem é fundamental para o enfrentamento à hanseníase em MT
Mato Grosso é o estado brasileiro com maior número de casos de hanseníase dos últimos anos. Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2021 foram cerca de 1,8 mil diagnósticos, sendo considerado região hiperendêmica. Nessa “guerra” contra a doença, a enfermagem tem papel fundamental, desde o diagnóstico até o acompanhamento do tratamento durante um ano.
A enfermeira Dárlen da Silva Souza, do Programa Municipal de Controle da Hanseníase em Cuiabá, afirma que os profissionais da enfermagem são responsáveis por etapas importantes nesse processo.
“É o enfermeiro que vai analisar o paciente para localizar os sintomas e, caso haja suspeita, encaminhar para o médico. Também é a enfermagem que vai acompanhar esse paciente, fazer orientações sobre o uso de medicações, explicar sobre o tratamento”, explica Dárlen.
“A enfermagem possui papel importante nas ações de controle, tais como prevenção, suspeição, diagnostico através do exame dermatoneurológico, na avaliação de contatos, busca ativa de casos novos, prevenção das incapacidades físicas, realizando ações de autocuidados, além de prestar orientações quanto ao uso correto do medicamento e atendendo as ansiedades relacionadas aos impactos do diagnóstico”, reforça o coordenador do Programa Municipal, Cícero Fraga.
Para a enfermeira, professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e coordenadora da Rede Universitária Estadual para Enfrentamento da Hanseníase, Closeny Soares Modesto, por serem a base do Programa de Saúde da Família os profissionais da enfermagem são os responsáveis por fazer esse primeiro atendimento e também acompanhar o paciente, etapas necessárias para o tratamento da doença.
“A enfermagem transita em todas as áreas e tem que se adaptar. E é na saúde da família que esses profissionais são fundamentais para fazer desde o acolhimento até a finalização do tratamento com sucesso”, enfatiza a professora.
A hanseníase – Segundo o Ministério da Saúde, a pessoa deve para procurar atendimento na unidade de saúde mais próxima se apresentar sintomas como manchas na pele com alteração de sensibilidade, sensação de formigamento nas mãos e pés, diminuição de sensibilidade e/ou força muscular no rosto, mãos e/ou pés, além de caroços no corpo.
A doença tem cura e o tratamento é realizado de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com duração que varia de seis meses a um ano. E quem mora na mesma casa da pessoa diagnosticada com a doença também passará por triagem, já que é comum mais de um caso na mesma família.
Fonte: Ascom – Coren-MT
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